segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Familias organizadas pelo movimento terra livre ocupam latifundios em Ipameri e Itarumã



Na madrugada de sexta para sábado (13/11/10), cerca de 50 familias organizadas pelo movimento terra livre ocuparam a fazenda lagoinha no municipio de Ipameri/Goiás, essa fazenda foi executada pela justiça estadual em favor do banco do Brasil relativo a divida milhonaria que o dono da mesma tem com o banco. O banco do Brasil já encaminhou a fazenda para leilão três vezes, mais até o momento ninguém si interessou, ao mesmo tempo que centenas de familías no estado estão acampadas nas margens das rodovias esperando para serem assentadas.Já foi solicitado junto ao INCRA uma vistoria na fazenda, o que não aconteceu até esse momento. Exigimos que o INCRA estabeleça negociação com o Banco do Brasil para aquisição da aréa, e assentar as famílias que estão acampadas na fazenda aguardando o avanço desse processo.


Na mesma madrugada de sábado (13/11/10) em Itarumã, cerca de 60 familias reocuparam a fazenda Tangara no municipio de Itarumã/Goiás, as famílias foram despejadas através de uma liminar executada no dia 08/11/10. Passado uma semana as famílias voltaram a ocupar a fazenda que é um latifúdio improdutivo de 2mil ha. A fazenda já foi vistoriada pelo INCRA que constatou que a mesma é realmente improdutiva, o proprietario recorreu ao INCRA alegando ter um projeto técnico para ser executado, com isso o INCRA acatou o recurso e arquivou o processo de compra da fazenda.


O movimento Terra Livre e as familias acampadas na fazenda não aceitam esse acordo e reivindicam imediatamente a retomada do processo de desapropriação da aréa e o encaminhamento da mesma para reforma agrária. Assim cobram do INCRA a retomada do processo de desapropriação, cobra também agilidade ao atendimento da pauta negociada pelo movimento.


Essas duas ocupações organizadas pelo Movimento Terra Livre tem como objetivo cobrar do Governo Lula e da presidenta eleita Dilma, a retomada da reforma agrária na pauta do governo, sendo que em Goiás e no Brasil a reforma agrária tem andado para trás nos ultimos anos. E cobra também do superintendente regional do INCRA/GO agilidade nas desapropriações de terra no Estado, assim como a tramitação dos processos que estão na superintendência que caminham muito lentamente.


A reforma agrária continua sendo uma necessidade como política pública de distribuição de renda e para desconcentração da Terra em Goiás e no Brasil.


Secretaria de Comunicação do Movimento Popular Terra Livre/GO.

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