domingo, 29 de maio de 2011

Sobrevivente do massacre de Corumbiara é Assassinado em ROndonia

28 de maio de 2011

Da Página da CPT

Adelino Ramos, conhecido como Dinho, sobrevivente do Massacre de Corumbiara, ocorrido em agosto de 1995, foi assassinado nesta sexta-feira (27), por volta das 10h, em Vista Alegre do Abunã, na região da Ponta de Abunã, município de Porto Velho (RO)

Ele foi morto enquanto vendia as verduras produzidas no acampamento onde vivia. Ele foi morto por um motoqueiro, próximo ao carro da família onde estavam sua esposa e duas filhas.

Dinho vinha denunciando a ação de madeireiros na região da fronteira entre os estados de Acre, Amazônia e Rondônia. 

Ele e um grupo de trabalhadores reivindicavam uma área nessa região para a criação de um assentamento.

No início desse mês, o Ibama iniciou uma operação no local, onde apreendeu madeira e cabeças de gado que estavam em áreas de preservação. Segundo a CPT na região, isso leva a crer que esse tenha sido o motivo de sua morte.
Dinho vinha sendo ameaçado há anos e em reunião realizada em julho do ano passado em Manaus (AM), com o ouvidor agrário nacional, Gercino Silva, denunciou as ameaças contra sua vida e o risco que corria. 
Dinho foi líder do Movimento Camponês de Corumbiara.


sábado, 28 de maio de 2011

Polícia fere 121 e repressão aumenta protestos na Espanha

27/05/2011 -


A ação da polícia catalã contra os manifestantes que há 12 dias se reúnem no centro de Barcelona, na Espanha, deixou 121 feridos e, ao invés de dispersar os jovens, aumentou ainda mais a concentração de pessoas no local e ampliou os protestos que agora incluem famílias, idosos e crianças, relata Rodrigo Russo, jornalista, em Barcelona.

A decisão do governo local de enviar tropas de choque à praça Catalunya enfureceu os manifestantes, embora os protestos tenham sido pacíficos.
"A ação policial foi totalmente injustificada. Durante todo o dia eles levavam cartazes chamando por 'resistência pacífica'", diz Russo, que esteve por duas vezes no local e disse que a atmosfera remonta à praça Tahrir, no Egito, onde intensos protestos levaram à queda do ditador Hosni Mubarak.
O jornalista afirma que a repressão teve o efeito inverso, e aumentou ainda mais o número de barracas na praça, que ficou absolutamente lotada logo após a saída dos policiais. Muitos relataram que o local nunca esteve tão cheio desde o início dos protestos.
A violência em Barcelona chega semanas depois que milhares foram às ruas do país em manifestações por democracia e contra a corrupção e o sistema financeiro que levou à crise econômica amargada pelos países da zona do euro.
Incentivados pelas revoltas nos países árabes, que já derrubaram os ditadores da Tunísia e do Egito, muitos jovens têm acampado em praças pedindo o fim do bipartidarismo e cobrando uma maior participação na democracia espanhola.

Emilio Morenatti/Associated Press
Manifestante mostra sangue de outros jovens feridos em suas mãos; repressão da polícia enfureceu espanhóis
Manifestante mostra sangue de outros jovens feridos em suas mãos; repressão da polícia enfureceu espanhóis
A polêmica investida da polícia tinha como objetivo desmantelar o acampamento montado na praça Catalunya, no centro de Barcelona, informa o jornal "El País".
De acordo com o diário, o chamamento dos jovens à sociedade civil espanhola foi bem sucedido. "Famílias com crianças, idosos e jovens, muitos com flores e as mãos pintadas de branco em protesto à repressão policial" são vistos em Barcelona, afirma o jornal.
Na segunda-feira (23), os manifestantes em diversos pontos do país acampados em praças deixaram claro sua intenção de continuar com os protestos e espalhá-los por mais cidades.

Albert Gea/Reuters
Tropas de choque tentam desmantelar acampamentos e retirar os jovens que protestam na praça Catalunya
Tropas de choque tentam desmantelar acampamentos e retirar os jovens que protestam na praça Catalunya
Os seguidores do Movimento 15-M (devido ao dia em que começaram os protestos, 15 de maio) não se deixaram abater pela vitória do PP (Partido Popular, de centro-direita) nas eleições municipais e regionais realizadas no domingo (22) --evidenciando uma clara derrota da esquerda.
Os líderes da revolta voltaram a defender o "apartidarismo reivindicativo" e no início da semana informaram à imprensa que o futuro do movimento deve ser decidido por meio de assembleias organizadas em quase 70 cidades espanholas.

Emilio Morenatti/Associated Press
Policiais bloqueiam avanço de manifestantes no centro de Barcelona; ao menos 121 ficaram feridos nesta sexta
Policiais bloqueiam avanço de manifestantes no centro de Barcelona; ao menos 121 ficaram feridos nesta sexta Analistas indicam que os jovens podem ter se organizado para boicotar os dois principais partidos espanhóis, direcionando os votos para legendas minoritárias, o que o movimento nega.

"Em nenhum momento estivemos focados em mudar o rumo destas eleições. Estamos tentando mudar este sistema, que após as eleições continua. Por isso, as pessoas seguem vindo aqui, para prosseguir reivindicando seus direitos", disse um dos porta-vozes do 15-M. 

site:folha-sp

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Terça, 31 de maio, é dia de ato público em São Paulo

27/5/2011

Nossa greve continua forte e vigorosa, como comprova o quadro de adesão ao movimento, atualizado diariamente. O próximo passo da nossa luta é no dia 31 de maio, terça-feira, a partir das 14 horas. Vamos realizar um ato público na Praça Coronel Fernando Prestes, ao lado do campus da FATEC/SP (estação Tiradentes do metrô).
A data foi escolhida porque é neste dia que o governo se “compromete” a divulgar, os critérios da promoção e progressão (aqueles... que a categoria deveria ter conhecido há três anos).

Atenção, grevistas do interior

Para acertar detalhes sobre as caravanas, a dica é ligar para o Sinteps, falar com Denise ou Érica, pelo 11-3313.1528.

Informação quente e confiável

            O Comando Central de Greve solicita aos grevistas que enviem regularmente os percentuais de adesão em sua unidade. Enviem as informações para sinteps@uol.com.br. É com base nelas que estamos atualizando diariamente o quadro de adesão à greve.

Muito importante: Mais gente para o Comando Central de Greve

            O Comando Central de Greve está cumprindo um importantíssimo papel na nossa mobilização. Para que ele seja ainda mais forte e representativo, o Sinteps solicita que cada unidade em greve faça um esforço para enviar um representante para participar da próxima reunião do Comando, marcada para o dia 31/5, logo após o ato público, quando faremos uma avaliação da greve.

Kassab vai dobrar salários dos policiais militares



O prefeito de S. Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que irá dobrar a gratificação paga aos policiais militares que participam da Operação Delegada. 

A gratificação por hora trabalhada de soldados, cabos e praças para a prefeitura vai saltar de R$ 12,33 para R$ 19,70, como prevê o projeto de lei enviado hoje por Kassab à Câmara Municipal. 

Para oficiais (coronéis, subcomandantes, comandantes), o valor será alterado de R$ 16,45 para R$ 26,30.
Cada policial pode prestar até 96 horas de serviço por mês. Assim o salário de cada categoria poderá chegar a R$ 1.891 (praças) e R$ 2.524 (oficiais).

O reajuste também será aplicado aos policiais que trabalham na segurança do gabinete do prefeito. 

Assim, Kassab pretende conter os protestos populares contra a prefeitura. Camelôs e a juventude, principalmente, protestaram contra as medidas implementadas por Kassab, como o aumento da passagem de ônibus e a proibição do comércio pelos camelôs nas ruas de S. Paulo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sob protestos, Kassab lança Operação Delegada em feira no Brás


PMs vão ajudar a Prefeitura a cadastrar e fiscalizar comerciantes.
Vendedores temem perder espaço e reclamam de critérios de cadastro


Sob protestos de comerciantes que temem perder seus pontos de venda e reclamam dos critérios de cadastramento, o prefeito Gilberto Kassab lançou nesta terça-feira (24) a Operação Delegada na feirinha da madrugada do Brás, no Centro de São Paulo. 
Na operação, policiais militares em seu horário de folga são pagos para fiscalizar áreas da cidade, principalmente aquelas tomadas pelo comércio popular. A princípio, os policiais estão ajudando a Prefeitura a finalizar o cadastro dos comerciantes. Dentro de dez dias eles devem começar a retirar aqueles que estão irregulares e fiscalizar mercadorias roubadas e pirateadas na feira.
De acordo com a Prefeitura, três cadastros feitos anteriormente – dois pela administração municipal e um pela União, que administrava a feira até o ano passado e ainda é dona do terreno – apontam cerca de 4,2 mil comerciantes no espaço. A Prefeitura pretende finalizar agora, com a ajuda da PM, a certificação de quem está regular ou irregular. O processo é feito para que, no futuro, seja construído um shopping popular no local.
“Os comerciantes são ameaçados, são chantageados, obrigados a dar dinheiro. A Prefeitura está entrando aqui agora com a Operação Delegada. Nós não pretendemos nos omitir. Assumimos a área há alguns meses, mas é um enfrentamento de crime. As coisas melhoraram, mas o crime ainda não foi dizimado”, disse Kassab, que circulou pelo local e entregou certificados de cadastramento a alguns comerciantes.
De acordo com o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo, a princípio está prevista a atuação de 60 policiais por turno na feirinha. Segundo ele, cerca de 2 mil comerciantes já foram cadastrados, e o restante deve ser feito ainda nesta semana. Ainda de acordo com o secretário, a operação será realizada da mesma forma que em outros pontos de comércio popular da cidade, como a Rua 25 de Março e o Largo 13 de Maio.
Reclamações:
O prefeito enfrentou protestos de muitos ambulantes, que reclamaram que eram regulares, estão perdendo espaço e que a Prefeitura entrega certificados a comerciantes que vendem produtos piratas. “O certificado é fruto de um processo desenvolvido pelas secretarias. É evidente que se alguém conseguiu o certificado e a partir daquele momento voltou ou passou a vender mercadoria ilegal, será fechado e será punido”, afirmou.
Kassab garantiu que os comerciantes que estão na feirinha desde o seu início e que estão cadastrados terão lugar no shopping que será construído na área, “sem a concorrência desleal de quem vende produto roubado ou produto pirata”. O prefeito também pediu que os comerciantes denunciem de maneira anônima as pessoas que invadiram a área e que os ameaçam.
O terreno onde funciona a feira ainda é a da União, mas ela já é administrada pela Prefeitura. Dentro de dois meses deve ocorrer a transferência da posse, e a administração municipal irá iniciar os procedimentos necessários para a construção do shopping popular – que fará parte de um circuito de compras no Centro da cidade.

Juliana Cardilli do G1 SP - 24/05/2011 12h21

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mais uma Criança Morta pela PM Paulista.

Sexta-feira, 20/05/2011

Manifestantes queimam ônibus em protesto em São Paulo

Moradores de uma favela em São Paulo queimaram um ônibus por causa de uma ação policial na comunidade. Um rapaz de 15 anos teria sido morto num ponto de venda de drogas e "estaria armado".

sábado, 21 de maio de 2011

Negr@s de Luto e de Luta Dia - Nacional de Denúncia contra o Racismo

Negr@s de Luto e de Luta
Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo

 “Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” Art 5º, III da Constituição Federal
  
O dia 13 de Maio, data em que lembramos a “Falsa Abolição da Escravidão”, hoje é celebrado como Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo. Afinal, além de sofrer com as desigualdades sociais, a população negra sofre também com o maior câncer da sociedade brasileira: o racismo.

O país acompanhou as declarações do Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que em um programa de TV afirmou que seus filhos não correm o risco de namorar uma mulher negra ou virarem gays, porque "foram muito bem educados", relacionando a relação entre brancos e negros com “promiscuidade”. Na mesma semana outro deputado, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), usou o twitter para dizer que "os africanos são amaldiçoados".


 Infelizmente as palavras destes parlamentares racistas soam apenas como versão em prosa e verso de uma dura realidade que, 123 anos após a abolição, persiste: a morte física, cultural e simbólica de negras e negros.

Não bastassem as mazelas sociais que afligem esta população por meio do desemprego, do subemprego, da falta de moradia, dos péssimos serviços de saúde e educação, da falta de oportunidades e do preconceito e discriminação racial em todos os níveis, percebe-se a vigência de um projeto de extermínio por parte do Estado Brasileiro também através de suas polícias.

Pesa sobre São Paulo um histórico de violência brutal direcionada ao povo negro. O massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 homens foram assassinados e os Crimes de Maio de 2006, quando policiais e grupos de extermínio ligados à PM promoveram o assassinato de cerca de 500 pessoas são episódios emblemáticos do terror estatal. O perfil das vítimas é sempre o mesmo: jovens, negros e pobres. 

Em 2010 nos revoltamos contra o assassinato de dois jovens motoboys negros, Eduardo Luís Pinheiro dos Santos, 30 anos e Alexandre Santos, 25 anos. E em 2011 a violência continua: Em Ferraz de Vasconcelos, na grande São Paulo, uma mulher corajosa relatou em tempo real no “190”, o assassinato de um jovem levado por uma viatura da PM para o cemitério da cidade, onde foi executado. Longe de ser exceção, tais casos são a regra de uma policia que humilha, extorque e mata.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, de 27/04/11, no 1º trimestre deste ano, 111 pessoas foram mortas por policiais no Estado em casos de "resistência" - 90 delas na capital e na Grande São Paulo. Os PMs mataram 87 pessoas; os policiais civis, três. Na Baixada Santista, o cenário talvez seja dos mais graves. Depois dos Crimes de Abril de 2010 (quando 27 pessoas foram assassinadas, em apenas uma semana, por grupos de extermínio na Baixada), durante o mês de Abril de 2011, apesar de todas as denúncias dos movimentos sociais, repete-se o cenário de terrorismo estatal: agentes policiais e grupos de extermínio voltando a agir, praticando novas chacinas e aterrorizando toda população.

A situação de violência racista se estende por todo o país. A instalação de UPP`s e polícias travestidas de “comunitárias” promovem repressão, faxina étnica e deslocamento das populações em função da Copa do Mundo e Olimpíadas. Há também uma onda de agressões a consumidores negros em shoppings, redes de supermercados e lojas tais como Walmart, Carrefour, Eldorado, Marisa, Americanas e bancos privados e públicos, como, por exemplo, a agência do Banco do Brasil em SP, em que o rapper e poeta negro James Bantu fora constrangido e agredido por seguranças e PMs em abril de 2011.

Ao mesmo tempo em que o braço armado do Estado oprime a população negra, nos espaços de poder institucionais, agrupamentos conservadores e políticos racistas agem no sentido de impedir o avanço de politicas públicas e de reparações para o povo negro brasileiro. Os senadores Demóstenes Torres e Katia Abreu lideram os grupos que defendem a prática do trabalho escravo em propriedades rurais dos barões do agronegócio; a tentativa de derrotar a políticas de Cotas em universidades no STF; e o cinismo cruel em negar as Titulações dos Territórios Quilombolas.

Neste dia de denúncia e de luta contra o racismo, tomamos mais uma vez as ruas de São Paulo e do Brasil para exigir reparações e provocar uma reflexão a toda sociedade brasileira: É preciso dar um basta na violência racista!


Dados da realidade:

·         33,5 mil jovens serão executados no Brasil no curto período de 2006 a 2012. Negros têm risco quase três vezes maior de serem assassinados – SEDH/UNICEF-2009

·         De cada três jovens assassinados, dois são negros - Mapa da Violência 2011

·         Assassinato de jovens brancos caiu 23,3% enquanto o assassinato de jovens negros cresceu 13,2% - Mapa da Violência 2011

·         A cada dia morrem de 2,6 mulheres pretas ou pardas por complicações na gestação. O mesmo problema vitima 1,5 das mulheres brancas; 40,9% das mulheres pretas e pardas nunca fizeram mamografia; 18,1% das mulheres pretas e pardas nunca haviam feito Papanicolau – Relatório Desigualdades Raciais UFRJ - 2010

·         56,3% das mulheres negras estão ocupadas como empregadas domésticas (INSPIR/ DIEESE/ AFL-CIO, 1999)

·         Dos 6,8 milhões de analfabetos em todo o país que frequentam ou tinham frequentado a escola entre 2009 e 2001, 71,6% são pretos e pardos - Relatório Desigualdades Raciais UFRJ – 2010


Reivindicações:

·         Contra o genocídio da População Negra.
·         Por reparações históricas para a população negra brasileira.
·         Pela Manutenção das Cotas para negros/as nas Universidades, questionadas pelo DEM no STF, e ampliação dessa política a todas as IES Públicas Estaduais e Federais.
·         Pela Manutenção do Decreto 4487, que regula a Titulação dos Territórios quilombolas.
·         Pela cassação dos mandatos dos parlamentares racistas Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP), por quebra de decoro e crime de racismo.
·         Tipificação dos casos de violência policial, que resultem ou não em mortes, como crimes de tortura, conforme a Lei 9455/97.
·         Instituição de uma CPI das Polícias de São Paulo, que vise desmantelar milícias, apurar denúncias/crimes e punir responsáveis.
·         Fortalecimento das Ouvidorias e Construção de uma Corregedoria única, autônoma, controle e fiscalização por parte da sociedade civil.
·         Pelo fim do registro de "Resistência seguida de morte" ou "Auto de resistência" para as execuções sumárias. 


·         Pelo fim dos fóruns privilegiados para Autoridades e Polícias.

·         Exigência de indenizações para todas as vitimas de violência e/ou seus familiares;


Assinam

Uneafro-Brasil, Círculo Palmarino, MNU, Tribunal Popular, Consulta Popular, Unegro, Força Ativa, Fórum de Hip Hop - SP, C.A. XI de Agosto – USP, Conen-SP, Construção Coletiva – PUC-SP, Movimento Indígena Revolucionário, Apropuc, Assembléia Popular, Revista Debate Socialista, Sindicato dos Advogados de SP, Amparar, Mães de Maio, Núcleo de Consciência Negra na USP, Coletivo Feminista Yabá, Movimento Anarcopunk-SP, Sujeito Coletivo-USP, Coletivo Diversidade, Sindicato dos Metroviários, CST-Conlutas, Rede Contra Violência-RJ, Oposição Alternativa-Apeoesp, Reaja-BA, Amafavv-ES,  Barricadas, Grêmio Estudantil da E.E. Rui Bloem, MH20 do Brasil-SP, Cursinho Força Afro – Capão Redondo, Banda Som D'zion, Luta Popular, Dignitatis - Assessoria Técnica Popular.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entrevista com Guilherme Boulos do MTST: “2011 será um ano de luta pela reforma urbana”


O Ofensiva Socialista (OS) entrevista o companheiro Guilherme Boulos, da coordenação nacional do MTST, membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas e um dos principais impulsionadores da Resistência Urbana, frente que reúne movimentos sociais e populares de todas as regiões do país.

OS: Já se tornou tradição a organização das “jornadas de lutas dos movimentos populares” da qual o MTST participa. Neste ano qual será o tema da jornada e em quantos estados ocorrerão manifestações?
GB: O mote principal da mobilização dos movimentos urbanos nos próximos anos será os despejos relacionados às obras da Copa, Olimpíadas e do PAC. O cenário é catastrófico, são centenas de milhares de famílias que poderão ser despejadas nos grandes centros urbanos do país. Muitas sem qualquer alternativa de moradia, outras sendo jogadas nas periferias mais distantes. Além disso, a preparação para os eventos esportivos vem acompanhada, como foi na Copa da África, por exemplo, de uma brutal criminalização da pobreza e das lutas sociais, com tribunais especiais, leis de exceção e extermínio policial. Estes provavelmente serão os eixos das próximas mobilizações nacionais dos movimentos.

OS: Quais as perspectivas de conquistas com o governo de Dilma Rousseff?
GB: O governo Dilma começou com um recado claro aos movimentos que lutam por moradia e aos trabalhadores sem-teto. Do ajuste fiscal de 2011, o maior corte foi das verbas do programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida). Sabemos dos limites estruturais deste programa, que foi formulado para o capital imobiliário e não prioriza as famílias que mais precisam - a faixa de renda até 3 salários mínimos tem somente 25% do total de recursos. Mas o MCMV se tornou a única política habitacional do Governo Federal e este corte representa praticamente a anulação do programa neste ano. Isto reforça para nós a necessidade de novas ocupações de terra, como forma de dar resposta à demanda dos trabalhadores sem-teto. Esperamos poder, com ocupações e lutas, pressionar o governo Dilma para atender a esta demanda.
OS: Em maio acontecerá o Encontro Nacional da Resistência Urbana, quais serão os temas e objetivos do encontro?

GB: Será o I Encontro Nacional da Resistência Urbana, em Brasília, de 6 a 8 de maio. Reuniremos 150 dirigentes de movimentos urbanos com atuação em 13 estados do país. O objetivo principal do Encontro será fortalecer a Resistência Urbana como ferramenta de mobilização e organização dos trabalhadores urbanos brasileiros, numa perspectiva combativa e socialista. Debateremos principalmente os avanços organizativos necessários a uma maior consolidação da Frente, que é algo imprescindível para enfrentar os desafios da conjuntura.

OS: A Resistência Urbana está organizada em quantos estados e quais movimentos sociais e populares que a compõem?
GB: A Resistência Urbana envolve movimentos com características diversas e com diferentes pautas de mobilização. Estamos presentes em todas as 5 regiões do país. Os movimentos que tem construído a Frente são: MCP (Ceará), Quilombo Urbano (Maranhão), Movimento das Famílias Sem-teto (Pernambuco), MLP (Pará), Terra Livre, Brigadas Populares (Minas Gerais), MSTB (Bahia), MUST (São Paulo), Círculo Palmarino (uma organização popular ligada ao PSOL no Paraná) e o MTST (que está em SP, RJ, MG, DF, AM, PA, RR e PE). 

OS: O MTST participou ativamente do processo de construção da CSP-Conlutas, como é feito este debate no interior da Resistência Urbana sobre participar ou não da CSP-Conlutas.

GB: O MTST hoje compõe a CSP-Conlutas, participando de todas as instâncias desta central, por avaliarmos que é uma organização que representa um importante setor combativo do movimento sindical brasileiro e por ter uma proposta nova de unificar no mesmo espaço de debate e ação movimento popular e sindical. No entanto, não é a central unitária do conjunto da esquerda sindical e popular que gostaríamos. No caso da Resistência Urbana, a opção é de não participar da CSP-Conlutas, nem de qualquer central enquanto organização. Cada movimento que compõe a Frente naturalmente pode definir suas alianças. Há companheiros na Resistência Urbana que tem proximidade maior com a Intersindical, outros com a CSP-Conlutas e ainda outros que não tem identidades maiores nem com uma nem com outra. Isto é expressão do caráter amplo e diversificado da Frente e o MTST avalia que deve ser assim.

OS: Quais são as perspectivas do MTST para o ano de 2011?
GB: Faremos também em maio o Encontro Nacional do MTST, onde pretenderemos unificar de modo mais consistente nossa intervenção nos estados onde temos atuação. Mas desde já é certo que jogaremos peso numa jornada nacional contra os despejos. Além disso deveremos fazer ocupações em pelo menos 6 estados ao longo do ano, fortalecendo a luta por moradia e não ficando na defensiva diante dos desmandos do capital imobiliário brasileiro. Será um ano de muitas lutas.

José Afonso da Silva - 14 de abril de 2011  site:lsr






quarta-feira, 11 de maio de 2011

Programaçã​o dos 5 Anos dos Crimes de Maio


No dia 12 de Maio de 2006, há exatos 5 Anos, a vida de muitas de nós começava a mudar radicalmente: tivemos nossos filhos tirados do nosso convívio familiar violentamente por agentes do Estado Brasileiro e por Grupos de Extermínio ligados a ele. O nosso movimento, de Mães, Familiares e Amig@s de vítimas do Estado, surgiria infelizmente a partir deste trágico episódio.


Ao completar cinco anos, é óbvio que não poderíamos deixar de lembrar nossos tão queridos filhos e filhas. Eles estão e seguirão Presentes conosco! Ontem, Hoje e Sempre!


Por ocasião do Aniversário dos 5 Anos dos Crimes de Maio, e da união com tantas outras lutas e movimentos contra o mesmo Genocídio, nós estamos vindo aqui convidar vocês para uma série de importantes atividades. Uma semana inteira repleta de Homenagens, Protestos, Lançamento de Livros, Lançamento de Vídeo e Poesias.


CONFIRAM A PROGRAMAÇÃO COMPLETA ABAIXO:
DIA 08/05, DOMINGO (DIA DAS MÃES) - EM SANTOS-SP - MISSA ESPECIAL DE DIA DAS MÃES EM HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DOS CRIMES DE MAIO DE 2006
HORA: 07:30hs
LOCAL: IGREJA MARGARIDA MARIA (Praça Júlio Dantas, 45 - Jardim Santa Maria- Santos-SP)


DIA 09/05, SEGUNDA-FEIRA - EM SÃO PAULO-SP - LANÇAMENTO DO RELATÓRIO "SÃO PAULO SOB ACHAQUE"
HORA: 11:00hs
LOCAL: AÇÃO EDUCATIVA (Rua General Jardim, 660 - Vila Buarque)
A Justiça Global e a Clínica Internacional de Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Harvard convidam para o lançamento do relatório “São Paulo sob Achaque: Corrupção, Crime Organizado e Violência Institucional em Maio de 2006”, no dia 9 de maio de 2011, segunda-feira, às 11 horas, na sede da Ação Educativa, na Rua General Jardim, 660, Vila Buarque, São Paulo, SP.Para mais informações:             (21) 2544-2320       e             (21) 8272-1916      .


DIA 12/05, QUINTA-FEIRA - EM SÃO PAULO-SP - ATIVIDADES DOS "5 ANOS DOS CRIMES DE MAIO", NO SINDICATO DOS JORNALISTAS DE SÃO PAULO

HORA: A partir das 14hs
LOCAL: SINDICATO DOS JORNALISTAS DE SP (Rua Rego Freitas, 530 - Sobreloja - Vila Buarque  - Telefone: 3217-6299


14:30hs - LANÇAMENTO DO LIVRO "DO LUTO À LUTA - MÃES DE MAIO" E COLETIVA DE IMPRENSA SOBRE OS "5 ANOS DOS CRIMES DE MAIO: 5 ANOS DE IMPUNIDADE", COM A PRESENÇA DAS MÃES DE SP E DE SANTOS, REDE CONTRA VIOLÊNCIA (RJ), E DE UMA MADRE DA PLAZA DE MAYO, ALÉM DE PE. VALDIR DA PASTORAL CARCERÁRIA E JUNINHO DO COMITÊ CONTRA O GENOCÍDIO NEGRO, ENTRE VÁRIAS OUTRAS GUERREIRAS E GUERREIROS


16:00hs - EXIBIÇÃO DE VÍDEO ESPECIAL


17:00hs - SAÍDA DA MARCHA DO SINDICATO DOS JORNALISTAS ATÉ A PRAÇA DA SÉ (com Fotos, Cruzes e Bexigas em Homenagem às Vítimas de Maio de 2006)


18:00hs - ATO ECUMÊNICO E SIMBÓLICO NA ESCADARIA DA PÇA DA SÉ, EM HOMENAGEM A TOD@S MORT@S E DESAPARECID@S DOS CRIMES DE MAIO DE 2006


DIA 13/05, SEXTA-FEIRA - 13 DE MAIO DE LUTA - ATIVIDADES DA CAMPANHA CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO


HORA: A partir das 12hs
LOCAL: NA PRAÇA RAMOS, EM FRENTE AO TEATRO MUNICIPAL


18:00hs - ATO POLÍTICO
19:00hs - SAÍDA DE CORTEJO CULTURAL PELAS RUAS DO CENTRO


DIA 15/05, DOMINGO, SARAU DA ADEMAR EM HOMENAGEM ÀS MÃES DE MAIO
HORA: A partir das 17hs
LOCAL: Rua Felício Cintra do Prado, 131 - Cidade Ademar - altura do nº 3870