segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Centenas de milhares nas ruas do mundo inteiro, Contra o Capital

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Diário Liberdade - [16.10.11, 12.45] O Diário Liberdade acompanhou as mobilizações em cidades galegas e do mundo, ao tempo que podemos oferecer o resultado da colaboração popular.
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A resposta à convocatória por uma mudança global foi multitudinária nas principais cidades europeias, mas também nos EUA, Austrália, Indonésia e outras regiões do mundo.
Em cidades como Madrid (Estado espanhol) ou Barcelona (Países Catalães) a resposta foi simplesmente esmagadora.
Estados Unidos
Em Nova Iorque as mobilizações decorreram durante todo o dia, e culminou com a participação de mais de 18 mil pessoas na Times Square, segundo informou o canal televisivo estadunidense NBC.
Europa
'Contra a ditadura financeira', 'Por uma Europa Solidária', 'Nós somos o poder, não somos mercadoria'... são algumas das palavras de ordem que mobilizam centenas de milhares de pessoas em capitais como Lisboa, Barcelona, Berlim, Frankfurt, Madri ou Roma, que registram as maiores manifestações na Europa.
- Itália
No caso de Roma, cerca de 200 mil manifestantes tomaram as ruas e houve uma luta aberta entre manifestantes e as forças repressivas (ver fotos abaixo). Carros foram queimados e foram atacadas lojas e bancos do centro da capital italiana, onde se manifestam centenas de milhares de pessoas. Também as instalações do Ministério da Defesa foram atacadas com fogo e um incêndio foi registrado em um setor do edifício. A polícia reprimiu os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo, caminhões de jatos d'água e prendeu dezenas de ativistas.
- Inglaterra
Em Londres também se registou tensão entre dezenas de milhares de pessoas e as forças repressivas mandadas pelo grande capital que detém o poder no país e infiltradas entre as importantes mobilizações. O líder do WikiLeaks, Julian Assange (vídeo abaixo) fez um breve discurso junto aos manifestantes e foi levado pela polícia minutos depois colocar uma máscara.
- Bélgica
A manifestação na capital Bruxelas (vídeo abaixo) partiu da estação Norte em direção à praça da bolsa de valores. Depois seguiu para o distrito onde ficam as sedes da Comissão Europeia, Conselho Europeu e Parlamento Europeu.


Milhares de manifestantes levaram cartazes com dizeres como "Parem a ditadura financeira"; "Por uma Europa solidária" e o "O dinheiro mata". A passeata ocorre em clima pacífico.
- Alemanha
Foram cerca de 40 mil pessoas, segundo cálculos do próprio movimento, que participaram das concentrações em todo o país.
Em Berlim dezenas de milhares de pessoas se manifestaram nas redondezas do Reichstag, parlamento alemão, e há informes que dão conta que 2 mil dos participantes ocuparam o parlamento.
Segundo as agências internacionais, cerca de 5 mil pessoas protestam na cidade de Munique, em frente ao prédio do Banco Central Europeu.
Em Frankfurt entre 5 a 6 mil pessoas tomaram as ruas para protestar contra a austeridade e as políticas da União Europeia (vídeo abaixo).
- Grécia
Em Atenas a Praça Syntagma esteve ocupada por alguns milhares de pessoas em solidariedade à Síria e contra as políticas de austeridade
Península Ibérica
- Galiza
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Na Galiza, as maiores manifestações ocorreram em Vigo (10 a 15 mil, foto à esquerda), Compostela e na Corunha, contando-se por dezenas de milhares as pessoas participantes, mas há outras manifestações menores nas restantes cidades do País, mas ao todo são muito mais numerosas do que as acontecidas meses atrás.
O Diário Liberdade teve uma repórter a acompanhar a mobilização da Corunha, na que vários milhares de manifestantes participaram. Em breve, ofereceremos às nossas leitoras e leitores entrevistas e materiais do seu interesse.
A seguir, a galeria de fotos da Galiza, com imagens da Corunha, principalmente, mas também de Lugo, recebida através da colaboração com o Diário Liberdade e de Compostela. Esta galeria será completada com mais fotografias.


Portugal
Em Lisboa, dezenas de milhares tomaram a escadaria principal da Assembleia da República, contra o sistema capitalista e a crise, ultrapassando a barreira de polícias que tentaram evitar a ocupação da entrada ao Parlamento. Apelos à greve geral e contra as medidas tomadas nos últimos dias pelo governo neoliberal do PSD-PP contra os direitos da maioria trabalhadora portuguesa.
No Porto foram entre 10 e 20 mil as pessoas participantes na manifestação, que concluiu com uma assembleia na praça da Batalha, em que se debatem novas medidas mobilizadoras contra as agressões do capital ao povo.


- Estado espanhol e Euskal Herria (País Basco)
Grandes manifestações ocorreram em Madri (vídeo), com cerca de 500 mil participantes, em Barcelona, com uma manifestação de mais de 3 km de comprimento e com estimativa de 350 mil pessoas, nos Països Cataláns, Bilbau (Euskal Herria, vídeo abaixo), Sevilha, Valência (vídeo), Málaga (vídeo), Murcia, Cádiz... sendo a região europeia com maiores mobilizações nesta jornada, juntamente com a Grécia, que também juntou importantes mobilizações de massas. Foram cerca de 80 cidades protestando por todo o Estado espanhol.


Em Madri o Diário Liberdade foi informado da proposta por parte de um grupo de manifestantes de as massas se achegarem ao congresso espanhol para o ocupar, sem que finalmente se materializasse essa opção.
- Países Catalães
O Diário Liberdade acompanhou as mobilizações em Barcelona. Por volta das 18.00 uma enorme manifestação arrancou da Praça Catalunha, que fora cenário do acampamento 15M brutalmente reprimido.
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Milhares de pessoas ocuparam as ruas no meio de uma escassa presença policial que, isso sim, adquiria um enorme volume nas redondezas de edifícios "críticos" para o sistema. Algumas estimaçons falam de 350,000 manifestantes. O repórter do Diário Liberdade no local não pode confirmar o número, mas sim que várias das principais avenidas e ruas da cidade foram tomadas por quilómetros de manifestantes no que foi uma maciça mobilização.
Realizaram-se ações de sabotagem contra entidades bancárias mas também contra transnacionais e outra classe de organizações às que as e os manifestantes responsabilizaram da crise. Zara, gigante do téxtil sediada na Galiza, foi assinalada pelos recente casos de escravidão detetados em fábricas a seu serviço no Brasil.
Uma presença policial que, a olho nú, parecia escassa, contava, sim, com a participação que poderíamos classificar de massiva de "secreta". Nesse senso leitores e leitoras do Diário Liberdade indentificaram vários destes elementos policiais ocultos, como o da fotografia que ajuntamos tomada numa rua de Barcelona durante a manifestação de ontem. Um leitor mesmo informou que identificou a um deles e que este teve de abandonar a zona sentindo-se descoberto.
No final da manifestação, várias manifestações espalharam-se por todas as ruas da cidade, com o resultado de que durante um tempo o centro da cidade esteve praticamente tomado por várias manifestações, divididas principalmente em defesa da educação pública, da sanidade e da vivenda.
Foi também constante a lembrança às pessoas reprimidas pelo bloqueio do Parlament catalão faz poucos meses. Desta vez, o edifício foi protegido por forças repressivas.
Graças ao acompanhamento realizado, podemos oferecer a seguir uma completa galeria fotográfica e com vídeos do que foi a jornada de luta de ontem na capital catalã, além da fotografia que testemunha, mais uma vez, a forte presença de elementos policiais ocultos.
Oriente Médio
No mundo árabe, hoje continuaram as mobilizações de massas no Barein, com forte repressão do regime, e na Síria. Foram 23 mortos no Iêmen, em protestos que pediam o fim do regime de Ali Abdullah Saleh.
Brasil
- São Paulo
Dezenas de pessoas ocuparam o vão do MASP para protestar contra a corrupção e contra a construção de hidrelétrica em Belo Monte (Altamira, Pará).
- Rio de Janeiro
Vários centos de pessoas juntaram-se ao protesto e acabaram acampando em Copacabana. Novas ações eram discutidas e possíveis acampamentos poderiam decorrer, conforme informações enviadas ao Diário Liberdade.
- Paraná
Quatro cidades do Paraná – Curitiba, Londrina, Cascavel e Paranavaí – participaram neste sábado das manifestações. A manifestação em Curitiba começou na escadaria do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, e seguiu pelas ruas da capital paranaense.
Porto Alegre
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, cerca de 2 mil pessoas tomaram as ruas da cidade e ocuparam a Praça da Matriz em protesto contra o capitalismo.
Hong Kong
Cerca de 200 pessoas se concentraram nas imediações da Bolsa de Valores local, levando cartazes com palavras de ordem como "os bancos são um câncer", segundo a Rádio Televisão de Hong Kong.
Taiwan
Mais de 100 pessoas – embora os organizadores esperassem que cerca de 1,5 mil aparecessem – responderam a convocação do "15-O", em referência ao dia 15 de outubro, e se manifestaram na entrada do arranha-céu Taipé 101 cantando palavras de ordem como "Somos 99% de Taiwan".
Nova Zelândia
Houve manifestações em quatro cidades do país: Wellington, Auckland (vídeo abaixo), Dunedin e New Plymouth. De acordo com informações da Radio Zew Zeland, cerca de 500 pessoas estiveram presentes nas marchas realizadas nas duas primeiras cidades.


Austrália
Na Austrália, centenas de pessoas protestaram na cidade de Sydney. Os manifestantes traziam cartazes com dizeres como "O capitalismo está matando nossa economia". As passeatas aconteceram também nas cidades de Melbourne, Adelaide, Perth, Townsville, Brisbane e Byron Bay.
Segundo informações do jornal The New York Times, o clima dos protestos era tranquilo, com pessoas inclusive tocando músicas para animar a multidão. Ainda segundo a publicação, havia cerca de 800 pessoas nos protesto australiano realizado nas imediações do Banco Federal do país.
México
Cerca de 400 manifestantes, em sua maioria jovens, reuniram-se em uma praça da capital mexicana em resposta ao chamado mundial dos indignados e apresentaram várias reivindicações, entre eles por fim à violência do narcotráfico, construir uma nova democracia, fim das desigualdades, interromper os investimentos militares e investir mais em educação e saúde.
Os jovens instalaram tendas a partir de meio dia na praça do Monumento à Revolução e deixaram um microfone aberto para organizar as palavras de ordem junto ao som dos tambores.
São quase um milhar de manifestações um pouco por todo o mundo, que mostram o rejeitamento global à ofensiva capitalista, numa fase de crise considerada por alguns como terminal, o que não lhe tira nenhuma da sua crueldade intrínseca.
Argentina
Algumas centenas de pessoas se reuniram na Av. de Mayo e 9 de Julio para se solidarizarem às comunidades Qom, esta que está sendo reprimida inclusive com assassinatos.
Galeria fotografica
Oferecemos impressionantes imagens publicadas por diferentes meios e enviadas por laboradores e colaboradoras do Diário Liberdade, recolhidas em diferentes lugares do mundo.

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